A triste realidade da relação entre ucranianos e russos após o conflito entre os países
Desde 2022, um conflito persiste entre a Rússia e a Ucrânia, decorrente da invasão liderada pelo presidente Vladimir Putin. Como resultado direto dessa situação, os jogadores da seleção ucraniana optaram por se retirar do torneio internacional de e-Sports IESF. Essa decisão extrema foi uma resposta à controversa determinação da liderança da Federação Mundial de Esports, que permitiu que os competidores russos não só participassem do torneio global do próximo ano, mas também o fizessem sob suas próprias bandeiras nacionais.
Dentre os jogos em disputa, incluindo o Counter-Strike, a Rússia não está representada na modalidade. A retirada iniciou com os jogadores de Dota 2, sendo seguida pelos outros ucranianos presentes, inclusive os do CS:GO. Aqueles de PUBG Mobile e Mobile Legends também aderiram à decisão.
Na categoria masculina do FPS da Valve, que havia se classificado, os atletas estavam desempenhando bem na competição, com planos de disputar as quartas de final após passarem pelas etapas de grupos e oitavas. Tanto no MOBA quanto no Battle Royale para celular, a equipe ucraniana estava na fase final do campeonato, contudo optou por se retirar da competição.
Ukraine National Team Concludes Participation in @iesf_official 2023
— IKLA (@iklagg) August 30, 2023
Due to the disgraceful decision by IESF regarding the re-entry of members from a terrorist country into future competitions, the Ukrainian Esports Federation refuses to continue the participation of our… pic.twitter.com/ymUTTeCJCX
“Estamos surpresos, tristes e profundamente ofendidos com a decisão da Rússia de retornar à IESF no próximo ano. Eles poderiam ter se inspirado nos Jogos Olímpicos e em outros esportes, proibindo essa participação da mesma forma, mas escolheram não fazê-lo”, comentou Jaroslav “byr9” Burjak, jogador da seleção ucraniana e da equipe IKLA UA.
“É fundamental lembrar que a Rússia treina ciberatletas e jogadores para operar drones e atacar civis na Ucrânia durante esse terrível conflito. A decisão da IESF abre as portas para a continuidade do terrorismo russo em nosso país”, acrescentou.
Ao renunciarem a possíveis prêmios individuais de US$ 100,000 em cada modalidade, os ciberatletas ucranianos tomaram uma medida corajosa, colocando a dignidade e a honra de sua nação acima dos interesses financeiros pessoais. As repercussões desse boicote ecoam em escala global, reforçando a unidade e a determinação desses jogadores em defender seus princípios.
Capa: Reprodução IESF