A nova geração de equipes e a busca por conquistas expressivas
O Brasil é um dos países tradicionais do Counter-Strike, desde a época do 1.6. No entanto, nos últimos anos, os times brasileiros não têm obtido bons resultados nos principais torneios da categoria. Já se passaram mais de cinco anos desde a última vez em que o Brasil levantou um troféu em um campeonato considerado “Tier-S”.
Essa conquista aconteceu durante a Era LG/SK Gaming, em dezembro de 2017, na ESL Pro League Season 6. Desde então, os times brasileiros têm enfrentado uma seca de títulos nesse nível de competição. É importante ressaltar que equipes brasileiras têm vencido campeonatos de menor expressão, especialmente durante a pandemia, quando os torneios eram regionais e realizados online.
A pandemia prejudicou muito o progresso das equipes brasileiras. A Europa sempre foi o principal polo das melhores equipes, embora os EUA estivessem um passo atrás nesse aspecto. Com a chegada da COVID-19, a diferença entre as duas regiões aumentou significativamente. Apesar do domínio da Fúria na América do Norte, ao retornar aos campeonatos presenciais, eles não conseguiram manter esse domínio em nível mundial. Além disso, devido à impossibilidade de treinar ou jogar contra equipes europeias, vários jogadores norte-americanos migraram para o Valorant, como Spencer “Hiko” Martin, Jaccob “yay” Whiteaker, Shahzeb “ShahZaM” Khan e Tarik “tarik” Celik, que não se tornou profissional no Valorant, mas deixou o CS:GO para se dedicar a transmissões do jogo da Riot.
Após a dissolução do elenco principal que formou LG, SK e MIBR, a equipe brasileira que ocupa atualmente esse espaço de ser a melhor do Brasil é a Fúria. No entanto, eles ainda não conquistaram um título de grande expressão, tendo vencido torneios de segundo/terceiro escalão, o que não é suficiente para os torcedores. Além da Fúria, também tivemos equipes como paiN, MIBR após a saída de Gabriel “Fallen” Toledo e sua equipe, 00Nation, Imperial, entre outras.
O ano de 2023 tem sido muito difícil para os brasileiros. Em todos os torneios Tier-S disputados, alguma equipe teve um desempenho abaixo do esperado, chegando até mesmo a ficar em último lugar em alguns casos. Por exemplo, na IEM Katowice, IEM Rio, ESL Pro League S17 e Blast.tv Paris Major:
- IEM Katowice 2023: paiN (21º-24º)
- ESL Pro League S17: Imperial (29º-32º)
- IEM Rio 2023: Imperial e MIBR (13º-16º)
- BLAST.tv Paris Major 2023: Fluxo (23º-24º)
É necessário implementar mudanças para melhorar a competitividade das equipes brasileiras. Gabriel “Fallen” Toledo, Luis “peacemaker” Tadeu e Bruno “BIT” Lima são alguns exemplos de pessoas que mencionaram que as equipes precisam se mudar para a Europa. No Brasil, a quantidade de campeonatos tem aumentado, o que pode ajudar a desenvolver a base dos jogadores com mais partidas. Não temos uma resposta definitiva, mas quem sabe um dia isso possa acontecer.
Capa: Luminosity Gaming campeão do Major da MGL | MGL
